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'Temer já entrou refém dos grupos de interesse', afirma Marcos Lisboa

Renata Agostini

São Paulo

17/06/2018 09h46

Economista e presidente do Insper, Marcos Lisboa está preocupado com os rumos do país. Em sua visão, o governo Michel Temer já nasceu refém da pressão de grupos organizados e cedeu em demasia a corporações, que se opõem a reformas.

"Ficamos um ano no 'dois para lá, dois para cá'. Mas, desde setembro, é só retrocesso", diz o ex-secretário de Política Econômica do governo Lula. Sem deter o lobby das corporações e debater com seriedade o problema fiscal na campanha, as perspectivas são muito ruins, diz. "O País pode voltar a ter uma crise severa nos próximos anos."

O que levou um governo, com postura supostamente pró-mercado, a tabelar preços?

O sucesso dos grupos de interesse em pressionar para preservar benefícios ou expandi-los vem de muito tempo. Esse governo começou concedendo reajuste a servidores em meio à grave recessão. Veio a derrota na renegociação de dívidas do Estado, quando tentou contrapartidas de transparência e não conseguiu. Depois foram aprovados Refis, uso do FGTS para turbinar a Caixa, benesses para agricultores que chegam a R$ 17 bilhões, não se aprovou a reforma da Previdência. O episódio dos caminhoneiros foi apenas o exemplo mais recente de longa trajetória de sucesso de grupos de interesse, que chantageiam o governo. Não faltam exemplos de retrocesso do Brasil.

O governo sempre foi fraco?

A fraqueza sempre existiu em relação aos grupos organizados. É um legado do governo anterior. Desde 2008 vimos lideranças que pareciam acreditar que desenvolver é dar crédito subsidiado, proteger da concorrência estrangeira, criar regras de conteúdo nacional, dar distorções tributárias. O País caiu nessa falácia. Vemos agora o que os economistas chamam de "problema da persistência de política". Você faz esse tipo de política, fortalecendo ou criando grupos de interesse. Na hora que tenta revertê-la, eles dizem: "não sobrevivo sem". O país fica refém do fracasso. Vimos com o Inovar-Auto, indústria naval, diversos setores. Agora a sociedade não consegue retirar o privilégio.

Mas antes de 2008 não havia?

É uma característica do país, mas foi muito intensificada a partir de 2008 com as intervenções setoriais. E o governo Temer entrou refém dos grupos de interesse. Perdeu em alguns pontos, mas cedeu demasiadamente em outros considerando o interesse do País.

Muitos apostavam na habilidade política dos emedebistas para empurrar a agenda reformista.

Superestimamos o poder da presidência e menosprezamos a importância do parlamento. Várias medidas foram apoiadas e aperfeiçoadas pelo parlamento. Durante um ano, houve esse benefício. Era um jogo de "dois para lá, dois para cá". Eram aprovadas medidas na direção da agenda que chamo de republicana - de tratar iguais como iguais, dar transparência aos subsídios públicos, expandir a concorrência - e então vinham medidas na contramão. Mas depois disso foi só gol contra. Desde setembro, é só retrocesso. E aí, realmente, o País pode voltar a ter uma crise muito severa nos próximos anos.

A maior parte da população apoiou a greve, ou seja, apoiou a pressão de grupos organizados.

É parte da cultura que permite a disseminação das "meias-entradas". Sempre achamos que há uma entidade mágica pagando a conta, que é só terminar a corrupção, ou ter pessoas muito ricas pagando mais. Nada. Quem paga o subsídio ao caminhão e o salário maior do setor público é o resto da sociedade de forma difusa. Isso se traduz em preços mais caros no Brasil pela quantidade de impostos indiretos, essa profusão da tributação sobre as empresas.

Como seguir a agenda reformista se aparentemente as pessoas não a apoiam?

Achei que após a crise de 2014, 2015 e 2016, a ficha tinha caído para a maioria. Se você vai fazer navios, conteúdo nacional para óleo e gás, deixará de fazer estradas para infraestrutura. Não tem geração espontânea (de dinheiro). Achei que a crise tinha deixado claro que essas escolhas, de concessão de benefícios e proteções, têm impacto difuso sobre o resto da sociedade. Mas parece que não. As pessoas aplaudiram a greve dos caminhoneiros e uma semana depois tomaram um susto porque há uma conta a pagar. Se o nível de incompetência chega a esse ponto, não há muito o que fazer.

O sr. dizia acreditar que havia neste ano ambiente mais favorável a se debater privatizações e reformas. Ainda acredita?

Não podemos perder a perspectiva histórica. O debate hoje está muito melhor do que há cinco anos. O que surpreende é a força dos grupos organizados. Temos uma sociedade dividida entre o Brasil velho - dos cartórios, das corporações, dos grupos que dependem de mesada oficial - e o Brasil novo que diz: estamos quebrando o País. Tem muita empresa abandonando o Brasil. Quem está mais perto do economia real vê. E a campanha eleitoral está surpreendendo com a superficialidade das propostas, com barbaridades que são ditas. Estou preocupado. Vemos um processo de degradação do País, deterioração do patrimônio público. Haverá consequências danosas no médio prazo. E a culpa é nossa. Deixamos a situação se degradar ao não enfrentar as corporações.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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