Sem emprego nem resposta: eles relatam angústia e paranoia quando o RH some

Na busca por um emprego, candidatos muitas vezes se sentem prejudicados por uma atitude dos contratantes. Ou melhor: por sua falta de atitude. Acontece quando, depois de algumas conversas e até de dinâmicas, as empresas ignoram aquela pessoa que pleiteava uma vaga. Deixam de lhe dar um retorno --como muitas vezes prometeram--, até o candidato concluir, por conta própria, que não foi daquela vez. O mais grave é esse silêncio que alimenta a ansiedade vir de uma área chamada RH (recursos humanos), destacada justamente para lidar com pessoas.
A queixa vem se tornando mais comum, neste momento em que 13,3 milhões de pessoas estão desempregadas no Brasil. “É comum os entrevistadores não darem retorno, então você fica no aguardo de uma resposta que muitas vezes não vem. Nós temos pressa, as empresas não", resumiu ao UOL um arquiteto sobre sua dificuldade em se recolocar.
Foi o que aconteceu com o Luiz Gustavo Souza, 35, com dois cursos de pós-graduação, que ficou um ano e dois meses desempregado. Até agosto, quando encontrou uma vaga na área de seguros --como auxiliar de sinistros--, teve de lidar com o silêncio de algumas empresas onde tentou trabalhar. Ele, que mora em Bauru (SP), calcula ter feito cerca de 20 entrevistas, depois de enviar mais de 400 currículos para diversas partes do Brasil. Depois de algumas delas, como define, “ficou no vácuo”.
A pessoa está lá, ando perrengue, muitas vezes se sentindo humilhada, e a resposta não vem. Isso aumenta a ansiedade, cria angústia e até paranoia. ‘Será que eu falei algo errado? Será que meu currículo não é bom? Será que ligo para saber? Se ligar, vão achar que estou enchendo">var Collection = { "path" : "commons.uol.com.br/monaco/export/api.uol.com.br/collection/economia/noticias/data.json", "channel" : "economia", "central" : "economia", "titulo" : "Economia", "search" : {"tags":"22373"} };