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Tragédias como Brumadinho estão ligadas a preço e lucro, diz estudo mundial

Vladimir Goitia

Colaboração para o UOL, em São Paulo

09/03/2019 04h00Atualizada em 10/03/2019 15h10

Tragédias na mineração, como as de Mariana e Brumadinho (MG), tendem a ocorrer quando os preços dos minérios estão em alta ou em baixa. A razão é sempre pressão das empresas para ganhar mais ou deixar de perder dinheiro. A conclusão é de estudo de 2009 feito por pesquisadores canadenses da Amec Earth & Environmental, consultoria ambiental e de engenharia. 

Segundo o levantamento mundial, chamado "Mining Market Cycles and Tailings Dam Incidents" (Ciclos de mercado de mineração e incidentes de barragens de rejeitos), quando os preços sobem, as mineradoras apressam os procedimentos de licenciamento e construção de barragens para faturar logo. Quando as cotações caem, as empresas cortam custos operacionais, como os de manutenção e segurança. Daí o aumento do risco de rompimentos.

Foram analisados 143 desastres no mundo

Os pesquisadores canadenses Michael Davies e Todd Martin não chegaram a estudar os dois casos no Brasil, mas constataram um padrão nos acidentes, com base na análise de 143 desastres em mineração reportados no mundo entre 1968 e 2009.

As conclusões são as seguintes:

  • Quando os preços dos minérios sobem, os procedimentos de licenciamento e de execução da construção de barragens são acelerados por pressão das mineradoras para aproveitar a bonança.
  • Quando os preços caem, há uma pressão, também das mineradoras, para reduzirem custos operacionais, como os de manutenção e de segurança.

A lógica do capital nesta área [mineração] e em outras, como petróleo, mostra não ser apenas preocupante, como também predatória, devido à visão de curto prazo dos investidores em mercados de capitais e do comportamento antiético das empresas
Pedro Roberto Jacobi, professor titular do Instituto de Energia e Ambiente (IEE), da USP

Preços na época de Mariana e Brumadinho

Em 2008, quando a Samarco recebeu a licença de operação para a Barragem de Fundão, em Mariana, o preço da tonelada desse metal estava em US$ 193,37. Daquele ano até o desastre (novembro de 2015), a cotação vinha perdendo valor até despencar para US$ 46,86 e caiu mais ainda, para US$ 40,50, um mês depois.

No período da tragédia em Brumadinho, havia um movimento contrário. Na época, estava em processo de ligeira recuperação, depois de ter caído para US$ 40,50 em dezembro de 2015, ano em que a Vale pediu para aumentar a intensidade da extração na mina Córrego do Feijão. No mês da tragédia (janeiro de 2019), o preço dessa commodity tinha subido para US$ 76,16 (veja o gráfico).

Para Jacobi, a conclusão dos pesquisadores canadenses faz sentido. "Estou convencido de que o argumento é sustentável e consistente, na medida em que as empresas têm mostrado um comportamento antiético em relação à operação de suas barragens diante do ciclo do preço dos metais", disse o professor da USP.

Universidade federal mostra relação entre preço e desastre

Pesquisadores da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) aplicaram o modelo dos especialistas canadenses de correlação do ciclo de preço do minério com o desastre da Barragem de Fundão, em Mariana, e mostraram o que houve.

O grupo, liderado pelo professor Bruno Milanez, coordenador do núcleo de pesquisa de Política, Economia, Mineração, Ambiente e Sociedade da UFJF, concluiu o seguinte:

  • O pedido de licenciamento ambiental para construção da barragem foi feito pela Samarco em 2006
  • Era justamente o início de um ciclo de alta do preço do minério de ferro
  • Em menos de um ano, em 2007, a empresa obteve licença prévia de instalação do governo mineiro
  • Em 2008, saiu a licença de operação da barragem
  • A Samarco conseguiu a licença de operação em menos de dois anos

Falta entender o que houve em Brumadinho

Milanez afirmou que o rompimento da Barragem de Fundão, em 2015, aparentemente obrigou a Vale a gastar mais em segurança do que seria o "comportamento normal dela".

Portanto, o rompimento da Barragem Córrego do Feijão, em Brumadinho, três anos depois poderia ser até interpretado como uma variação do modelo anterior, como resultado de um outro processo econômico e financeiro da empresa. Mas é difícil constatar isso.

"Estou ainda coletando dados e conversando com pessoas para entender o que realmente houve [em Brumadinho] e o que podemos aprender disso para tentar evitar novos desastres", disse Milanez.

O que a Vale diz?

A Vale informou que o rompimento da barragem em Brumadinho não tem qualquer relação com as duas premissas do estudo de 2009. Segundo a empresa, a estrutura foi construída e licenciada na década de 1970 e desativada em 2016, quando foi pedida autorização para descaracterização da barragem. Essa autorização só foi obtida em dezembro de 2018, de acordo com a mineradora.

Além disso, a Vale disse que entre 2015 e 2018, os investimentos em gestão de barragens cresceram 160%. "Como maior interessada no esclarecimento das causas do rompimento, a empresa continua colaborando de maneira transparente com as autoridades na apuração dos fatos", afirmou a mineradora em nota.

3ª tragédia? Após Brumadinho, não há garantias sobre segurança de barragens

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