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Falta matéria-prima para fazer casa e até colchão, e clientes pagam a conta

Escassez de aço e outras matérias-primas afetam desempenho do setor industrial - Ozturk/Getty Images
Escassez de aço e outras matérias-primas afetam desempenho do setor industrial Imagem: Ozturk/Getty Images

João José Oliveira

Do UOL, em São Paulo

07/04/2021 04h00

Resumo da notícia

  • Falta de matérias-primas encarece produtos e reduz ritmo da indústria
  • Interrupções da economia provocadas pela pandemia e dólar valorizado são causas do problema
  • Oferta de matérias-primas tende a voltar, mas preços não devem cair, diz indústria

A indústria no Brasil está sofrendo com a falta de matérias-primas em diversos setores da economia. O problema afeta a quantidade e a qualidade da produção em segmentos como o da construção civil e o de móveis, dizem empresários. Segundo eles, a escassez desses insumos também é responsável por reajustes de preços de até 170% que estão atingindo toda a cadeia industrial e chegando aos consumidores finais. Falta material para construção de casas e até para fazer colchões.

O problema começou com a pandemia. As medidas de restrição para conter o avanço da doença no país interromperam, em diversos momentos, a produção de insumos importantes para a indústria, como aço, resinas de plástico, vidros e painéis de madeira. Quando a economia voltou a andar, também em alguns momentos, as encomendas foram maiores que os estoques que existiam.

Dólar alto ainda piora tudo

Para complicar, muitas dessas matérias-primas são cotadas em dólar porque têm mercado em qualquer lugar do mundo. Com a valorização da moeda americana, esses insumos ficaram ainda mais caros e escassos.

O suprimento de matéria-prima até vem melhorando devagar, mas os preços não estão baixando.

O problema da falta de matérias-primas vem se dissipando desde o último trimestre de 2020. A gente começa a ver essa redução da escassez, mas não com relação ao preço. E o preço não vai voltar ao patamar pré-crise, porque o mundo mudou.
André Rebelo, diretor de Economia e Estratégia da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo)

Isso já chegou ao bolso dos consumidores. O IGP-M, índice de inflação que mede preços em toda a economia e é usado para reajuste de aluguéis, por exemplo, já acumula alta de 31% em 12 meses. O que mais está pesando nesse indicador é justamente o IPA (Índice de Preços no Atacado), que mede a inflação na indústria - ele já subiu 42,5% em 12 meses.

Qual a causa da escassez?

Segundo o diretor da Fiesp, "cada setor tem sua história de falta de matérias-primas", mas há pontos em comum a todos eles.

  • Paradas da produção: Por causa da covid-19, muitas partes da cadeia da indústria interromperam a produção no segundo trimestre de 2020. Quando as cidades reabriram suas economias, os estoques não deram conta dos pedidos.
  • Concorrência mundial: Na hora de refazer os estoques de insumos, a indústria viu uma disputa maior pelos mesmos produtos. A atividade econômica em outros países voltou com força, em especial na China, que saiu comprando muito minério e aço, por exemplo. Essa disputa provocou escassez e aumento dos preços.
  • Dólar caro: Os preços subiram também porque o dólar se valorizou. Antes da pandemia, no fim de janeiro de 2020, ele valia R$ 4,29. Atualmente está na casa dos R$ 5,60.

O que está faltando e onde os preços subiram mais?

A escassez de insumos para indústria e preços mais salgados estão em diversos setores da indústria - da microempresa ao fabricante de eletrodomésticos, ando pela construção civil.

Construção: Segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), 84% das 206 empresas consultadas em pesquisa da entidade responderam, em março, que há desabastecimento de aço em suas regiões. O prazo médio de entrega chega a 90 dias, para 26% dos empresários. Antes, um atraso desse tamanho só atingia 6% dos empresários.

Quando a construtora tenta comprar da siderúrgica e não consegue, vai na distribuidora e se depara com um valor muito alto. Precisamos de um choque de oferta para restabelecer o equilíbrio com a demanda. Nossa proposta é a redução imediata do imposto de importação.
José Carlos Martins, presidente da Cbic- Câmara Brasileira da Indústria da Construção

Móveis: As fabricantes de móveis e colchões dizem que há falta de ferragens, vidros, painéis de madeira, como MDF, aço e espumas. Segundo a Abimovel (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário), o empresário que encontra o insumo e consegue produzir enfrenta dificuldades para, depois, distribuir o produto por falta de embalagens de papelão, plástico e vidros.

A escassez, somada ao câmbio valorizado resulta em alta de preços, que chega a ultraar 170% em alguns segmentos. A utilização de capacidade instalada na indústria de móveis ficou em apenas 48,2% em janeiro, e 42,8% em fevereiro de 2021. Havia uma expectativa de que a situação pudesse melhorar no primeiro semestre, mas infelizmente o setor ainda não observa sinais de melhora até agora.
Cândida Cervieri, diretora-executiva da Abimóvel

Embalagens: A falta de papel e papelão apontada pela Abimóvel é confirmada pela Fiesp. E também por causa da pandemia. Parte do que as pessoas pararam de gastar com lazer foi para a compra de bens, como eletrodomésticos, dizem os empresários. Isso tudo é embalado em papelão. Também há o crescimento do delivery de alimentos e compras online, nos quais os produtos vão embalados em muito papel e papelão. Resultado: há disputa por papel e papelão na indústria.

Houve um deslocamento permanente da curva de demanda por embalagens. E não há um mercado global desse tipo de matéria-prima. Felizmente, o Brasil é um grande produtor e vem expandindo a produção.
André Rebelo, diretor de economia e estratégia da Fiesp

Microempresa: 91% das micro e pequenas indústrias dizem que a alta de preços das matérias-primas é o maior entrave à produção neste momento, segundo pesquisa de fevereiro do Datafolha a pedido do Sindicato das Micro e Pequenas Indústrias do Estado de São Paulo (Simpi). Para 65% desses empresários, falta matéria-prima, e para 58%, há atrasos na entrega.

Desde setembro, estamos salientando a importância da vacinação em massa, da manutenção do auxílio emergencial, bem como do crédito para as empresas e prorrogações tributárias. A morosidade nas decisões desde o início da pandemia nos trouxe até aqui.
Joseph Couri, presidente do Simpi