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Leite condensado, sardinha: enlatado sobe até 16% com material mais caro

Crispin la valiente/Getty Images
Imagem: Crispin la valiente/Getty Images

Giulia Fontes

Do UOL, em São Paulo

14/10/2021 04h00

O aumento no preço de uma matéria-prima para a fabricação de latas, a folha de flandres, tem encarecido produtos como atum, leite em pó e conservas, segundo a Abia (Associação Brasileira da Indústria de Alimentos). A entidade afirma que, em média, os consumidores estão pagando 10% a mais em enlatados por causa do material, mas que a alta pode chegar a 16% para alimentos como leite condensado, milho, ervilha, sardinha e molho de tomate.

A folha de flandres é uma folha de aço revestida com estanho, utilizada em latas de alimentos por ser resistente a corrosão. O cálculo da Abia é de que as embalagens metálicas representam, em média, 15% dos custos de produção de alimentos.

Ainda segundo a associação, além de estar mais cara —com alta acumulada de mais de 100% nos últimos 12 meses —, a folha de flandres está demorando mais a chegar. No Brasil, a produção do material é feita somente pela CSN (Companhia Siderúrgica Nacional).

Essa situação é agravada pelo fato de haver somente um fabricante no Brasil e, devido à alta demanda, a produção da empresa ser insuficiente para atender todo o mercado.
Abia

A Abia também reclama que o imposto para importação do material é muito alto, com alíquota de 12%. A entidade pediu à Camex (Câmara de Comércio Exterior), do governo federal, para que ele seja zerado.

Em nota enviada ao UOL, o Ministério da Economia afirmou que o pedido está sendo analisado pelo Comitê de Alterações Tarifárias. Depois, a Camex irá deliberar sobre o tema.

CSN diz que não falta material, mas reconhece alta

Em nota, a CSN informou que a produção da folha de flandres nunca foi interrompida desde o início da pandemia, e que, na verdade, o mercado está "superabastecido", "tendo apresentado uma queda expressiva no número de pedidos nos últimos 60 dias".

Sobre o preço, a CSN afirmou que os valores estão "alinhados aos do mercado internacional", acompanhando a alta das matérias-primas e do dólar.

Alta é pior para baixa renda, mas há lobby da indústria

Juliana Inhasz, coordenadora da graduação em economia do Insper, diz que o fato de haver um monopólio na produção da matéria-prima faz com que seja difícil segurar grandes aumentos de preço. "Em um setor em que não há monopólio, o aumento do custo seria reado em parte e haveria a tendência de redução da margem de lucro", afirma.

Inhasz diz que o aumento no preço dos alimentos, incluindo os enlatados, acaba pesando muito nos índices de inflação, especialmente para as famílias de baixa renda.

Mas, segundo ela, também há um lobby da indústria de alimentos, que estaria aproveitando o aumento de preços generalizado para pressionar o governo a reduzir impostos, favorecendo o setor.

Eles estão usando o cenário para tentar reduzir o imposto porque querem manter a margem de lucro. Para eles, é mais fácil o governo cortar na carne [reduzindo o imposto] do que a própria indústria rear a alta, o que vai acabar ocasionando perda de demanda.
Juliana Inhasz, do Insper

Alta no preço de produtos vendidos em latas

O grupo de enlatados e conservas teve aumento de preço de 12,03% em 12 meses, segundo o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de setembro, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Veja quanto subiram alguns produtos que geralmente são vendidos em latas:

  • Sardinha em conserva: +18,1%
  • Salsicha em conserva: +15,61%
  • Leite em pó: +13,14%
  • Milho verde em conserva: +11,81%
  • Leite condensado: +7,69%
  • Atum em conserva: +6,81%

Quando o preço dos alimentos vai cair?

André Braz, coordenador do IPC (Índice de Preços ao Consumidor) do Ibre/FGV (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas), afirma que "é difícil" esperar uma queda no preço de alimentos. Isso porque outros fatores também têm interferido nos aumentos.

A alta na conta de luz, por exemplo, afeta a produção de suínos, aves e ovos. Fenômenos climáticos, como a seca e geadas, também prejudicaram a produção. Além disso, o dólar alto favorece as exportações, o que diminui a oferta de produtos no mercado interno.

O mais provável é que os preços se estabilizem em um patamar mais alto. Depois, a depender das próximas safras, eles podem até cair. Mas isso depende de condições internacionais da oferta desses itens e de como será a produção nos próximos meses.
André Braz, do Ibre/FGV

Também falta matéria-prima em outras indústrias

O preço de outras embalagens, feitas com materiais como papelão e plástico, também subiu no ano ado. Camila Abdelmalack, economista-chefe da Veedha Investimentos, diz que a alta foi resultado da pandemia, já que muitas atividades foram paralisadas.

Quando a produção foi retomada, não havia oferta suficiente de matéria-prima para aquela demanda que estava reprimida.
Camila Abdelmalack, da Veedha Investimentos

Outros setores também sofrem com a falta de insumos. Segundo André Braz, um dos setores mais penalizados foi o automobilístico. A falta de semicondutores chegou a paralisar a produção e tem provocado filas de espera por carros novos.

Essa escassez fez com que o preço de automóveis novos e usados subisse. E essa alta acaba refletindo em outros segmentos, como o de seguros e oficinas.
André Braz, do Ibre/FGV