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Sua salada ficará mais cara ainda por causa de diesel e frete de caminhão

Impacto da alta do diesel sobre outros produtos dependerá do ree de custo - Lucas Lacaz Ruiz/Estadão Conteúdo
Impacto da alta do diesel sobre outros produtos dependerá do ree de custo Imagem: Lucas Lacaz Ruiz/Estadão Conteúdo

Fabrício de Castro

Do UOL, em Brasília

26/03/2022 04h00

A alta dos combustíveis em 2022, que no caso do diesel chega a 35% nas refinarias, já pressiona os custos de uma série de produtos e serviços da economia brasileira. Os primeiros focos de pressão estão nos preços do frete, dos alimentos perecíveis (como verduras e legumes para sua salada) e de alguns segmentos da indústria. Entidades setoriais ouvidas pelo UOL afirmaram que, inevitavelmente, parte do aumento será reada ao consumidor final.

Isso significará, na prática, preços mais altos para nos próximos meses. Ainda não se sabe o impacto total. Ele dependerá da capacidade de as empresas absorverem parte da disparada dos combustíveis.

Um dos setores em que a pressão é imediata é o de transportes. Como a matriz brasileira está muito concentrada no transporte rodoviário, a forte alta do diesel já impulsiona o frete.

De acordo com o presidente da Abralog (Associação Brasileira de Logística), Pedro Moreira, a solução para as empresas do setor é o ree quase integral.

Não estamos falando de 24,9% do aumento de agora [março], estamos falando de muito mais. Foram 40% em 2021, mais 8,08% em janeiro deste ano, e este [aumento] agora de 24,9%. É uma elevação muito importante, e o diesel representa ao redor de 40% dos custos diretos do transporte. A saída é o ree integral, ou muito próximo dele.
Pedro Moreira, presidente da Abralog

Impactos da alta de preços

A disparada dos preços do petróleo no mercado internacional, intensificada pela guerra entre Rússia e Ucrânia, fez a Petrobras reajustar os combustíveis em dois momentos este ano:

11 de janeiro

  • Gasolina: +4,85%
  • Diesel: +8,08%

10 de março

  • Gasolina: +18,77%
  • Diesel: 24,9%

Quando ocorrem aumentos na refinaria, os custos podem ser ou não integralmente reados pelas distribuidoras e pelos postos de combustíveis, até o consumidor final. Este é o primeiro impacto no orçamento das famílias: o aumento da despesa para abastecer um veículo.

Os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram o peso das altas para os consumidores no ano ado:

Inflação dos combustíveis em 2021

  • Gasolina: +47,49%
  • Diesel: +46,04%

Os impactos dos aumentos de 2022 ainda serão captados pelos índices de inflação nos próximos meses. O que se sabe é que, além de deixar a conta do posto de combustíveis mais cara, os reajustes vão se espalhar pelo restante da economia, contaminando outros produtos e serviços.

Empresário calcula ree de 15% a 18% no frete

Empresário Mauro Henrique Pereira, da BX Log, que atua na área de transportes - Divulgação/BX Log - Divulgação/BX Log
Empresário Mauro Henrique Pereira, da BX Log, que atua na área de transportes
Imagem: Divulgação/BX Log

O empresário Mauro Henrique Pereira, CEO (diretor executivo) da BX Log, está no momento revendo custos e calculando de quanto será o ree da alta do diesel para os preços cobrados dos clientes.

A empresa, que possui 20 caminhões próprios e atua também com uma frota terceirizada, faz entregas para todo o Brasil. Entre os produtos transportados estão medicamentos perecíveis, móveis, equipamentos das áreas de tecnologia da informação e telecomunicações.

De acordo com Pereira, a BX Log ainda não reou o aumento mais recente do preço do diesel —que impacta diretamente o custo do transporte por caminhão. "Mas estamos em negociação com os principais clientes", afirma.

Como atua em todo o país, a BX Log também lida com custos diferentes, já que o diesel tem preços distintos em cada estado. O desafio no momento, conforme Pereira, é estabelecer um ree que sustente o negócio e, ao mesmo tempo, não onere tanto o cliente a ponto de fazê-lo procurar outro fornecedor. É um jogo de equilíbrio.

Estamos levando mais tempo para poder apresentar aos clientes esta demanda por reajustes de preços. Não vamos reajustar linearmente, com um percentual único para todos os estados. Nós também sempre fazemos um trabalho para ver quais os outros custos que vamos conseguir segurar. Mas não dá para segurar todo o aumento do diesel.
Mauro Henrique Pereira, CEO da BX Log

Considerando a alta de 24,9% do diesel em março, Pereira estima que o ree a seus clientes ficará entre 15% e 18%.

"Sabemos que, ao mexer nos preços de serviços, há o impacto para os clientes e, depois, para o consumidor final, na ponta da cadeia", diz o empresário.

Supermercados já sentem efeitos

Dependentes de entregas, os supermercados brasileiros se movimentam para enfrentar os efeitos da disparada dos combustíveis desde pelo menos o último trimestre do ano ado.

O vice-presidente Institucional e istrativo da Abras (Associação Brasileira de Supermercados), Marcio Milan, afirma que as empresas têm negociado a compra de quantidades maiores de determinados produtos, para recebimento de forma parcelada ao longo do tempo.

Isso é possível no caso de produtos como arroz, feijão, óleo de soja, café e açúcar. "Como você tem um contrato firmado, os preços são respeitados, independentemente do que vai ocorrer com os custos", diz Milan. Estes contratos, no entanto, normalmente não possuem duração de mais de dois meses. Na prática, os aumentos de custo no frete não demoram a chegar.

Milan explica que no caso dos alimentos perecíveis o impacto da alta dos combustíveis é mais rápido. "No caso de vegetais frescos e perecíveis como proteínas, quando ocorre a flutuação dos preços dos insumos, os supermercados não conseguem fazer uma programação muito longa", afirma.

O ree ocorre primeiro em frutas, verduras e legumes. Há impacto direto do aumento do combustível. O frete destas mercadorias ficou mais caro, e isso é reado no dia seguinte. No caso de tomate, alface e cenoura, por exemplo, o preço é o do dia.
Marcio Milan, vice-presidente da Abras

Milan confirma que o ree da alta de março dos combustíveis já começou. "Como não é integral, varia de loja para loja, mas o consumidor acaba percebendo", diz. "O ree leva em consideração o nível de estoque de cada um. O supermercado não consegue fazer o reajuste integral, porque existe a concorrência. Mas ele cobra mais na medida em que não consegue segurar os custos."

Influenciados pelos aumentos dos combustíveis —mas também por fatores ligados à safra— os preços de tubérculos, raízes e legumes já subiram 20,92% em 2022, até o fim de fevereiro. Hortaliças e legumes tiveram alta de 24,77%, enquanto as frutas subiram 7,07%. Os percentuais são do IBGE.

Como o aumento mais recente dos combustíveis ocorreu em 10 de março, os novos impactos no bolso do consumidor serão divulgados mais à frente.

Indústria diz que boa parte dos aumentos é absorvida

O gerente de Análise Econômica da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Marcelo Azevedo, afirma que desde o início da pandemia, em 2020, o setor vem enfrentando uma alta nos preços de insumos.

Um dos pontos de pressão foi a interrupção das cadeias de componentes, como semicondutores, que jogou os custos para cima.

Nos últimos meses, existe impacto maior trazido pela alta dos combustíveis. "Uma boa parte destes aumentos é absorvida pela indústria, diminuindo as margens [de lucro]", diz Marcelo Azevedo.

Segundo ele, os levantamentos realizados pela entidade ainda não apontam rees generalizados da indústria para o comércio, mas há relatos de que algumas empresas já estão cobrando mais caro por seus produtos.

"Isso ocorre em setores em que a participação dos custos de transporte é grande", explica Azevedo. "Empresas que atuam na área de minerais não metálicos, por exemplo, que fornecem matérias-primas para a construção civil, possuem um custo grande com transporte de materiais."

Azevedo afirma ainda que o tamanho do ree a ser feito pelos diversos setores da indústria dependerá da demanda por produtos na ponta final, pelo consumidor. Ele lembra que, em função da crise, o consumo segue limitado no Brasil.

A questão da duração da guerra entre Rússia e Ucrânia é outro ponto importante. Uma melhora na questão de insumos e matérias-primas pode aliviar os custos. Mas a duração da guerra, caso se estenda, vai adiando a normalização dos preços dos combustíveis.
Marcelo Azevedo, gerente de Análise econômica da CNI

Termômetro da situação da indústria, o Icei (Índice de Confiança do Empresário Industrial), divulgado na quarta-feira (23), mostrou queda da confiança em 22 dos 29 setores analisados. O resultado refere-se ao mês de março —quando houve o último aumento dos combustíveis no Brasil e sinais de que a guerra no leste europeu continuará.

"Em março houve uma piora significativa na percepção das condições da empresa e da economia", disse Azevedo.