'A ganância não está acima do povo', diz Lira após renúncia na Petrobras

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), se manifestou na tarde de hoje após a renúncia do presidente da Petrobras, José Mauro Coelho, e disse, no Twitter, que "não há o que comemorar" em relação aos fatos recentes na companhia e que "a ganância não está acima do povo brasileiro".
"Não há o que comemorar nos fatos recentes envolvendo a Petrobras. Não há vencedores, nem vencidos. Há só o drama do povo, dos vulneráveis e a urgência para a questão dos combustíveis", escreveu Lira.
A hora é de humildade por parte de todos, hora de todos pensarem em todos e de todos pensarem em cada um. A intransigência não é o melhor caminho. Mas não a itiremos. A ganância não está acima do povo brasileiro. Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara
Coelho foi o terceiro executivo a comandar a Petrobras na gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo a empresa, ele também deixa o cargo de membro do Conselho de istração da estatal.
Fernando Borges, diretor executivo de Exploração e Produção da Petrobras, foi nomeado pelo Conselho de istração como presidente interino até a eleição e posse do novo comandante da empresa.
A saída de Coelho ocorre após uma escalada de críticas feitas por Bolsonaro e Lira. Na última sexta-feira (17), a Petrobras divulgou novos aumentos no preço da gasolina e do diesel para as distribuidoras.
Bolsonaro chegou a defender I da Petrobras
Após o anúncio dos novos valores, Bolsonaro defendeu a criação de uma I (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar a Petrobras, seus diretores e conselheiros.
"Nossa ideia é propor uma I para investigar a Petrobras, seus diretores e os membros do Conselho. Queremos saber se tem algo errado nessa conduta deles, porque não é possível se conceder um reajuste com o combustível lá em cima e com os lucros exorbitantes", disse, em entrevista à Rádio 96 FM de Natal, na última sexta (17).
Agora, porém, o presidente mudou de ideia e deve deixar de lado a criação de uma I, segundo apuração da colunista Carla Araújo, do UOL, mas vai manter o discurso contra a política da estatal. O motivo para a desistência é justamente porque o tema tem sido apontado como um dos maiores problemas a um projeto de reeleição de Bolsonaro.
Na avaliação de um interlocutor do presidente, a saída de Coelho vai arrefecer esse movimento de I. A leitura que está sendo feita por auxiliares do presidente é de que a I poderia não ter tanta efetividade e até mesmo criar mais dificuldades no Congresso para que o governo trate outros projetos em tramitação sobre o tema de combustíveis.
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