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Nem auxílio de R$ 1.000 paga os custos da estrada, dizem caminhoneiros

Carlos de Martim, caminhoneiro há mais de 20 anos, luta para conseguir abastecer o tanque e levar dinheiro para casa - Felipe de Souza/UOL
Carlos de Martim, caminhoneiro há mais de 20 anos, luta para conseguir abastecer o tanque e levar dinheiro para casa Imagem: Felipe de Souza/UOL

Felipe de Souza

Colaboração para o UOL, em Campinas (SP)

23/06/2022 15h47

A decisão do governo de propor um auxílio para os caminhoneiros, para tentar amenizar a alta do diesel, não deixou satisfeito quem está na estrada todos os dias. Motoristas ouvidos pelo UOL dizem que o "Pix Caminhoneiro" de R$ 1.000 não paga nem 300 km de distância percorrida. Além disso, o preço do frete não foi atualizado, e há ainda custos com a manutenção do veículo.

O UOL apurou que o ministro da Economia, Paulo Guedes, já bateu o martelo no valor de R$ 1.000, mas há entraves, porque a lei eleitoral proíbe a criação de benefícios em ano de eleição. Para driblar a lei, em tese, o novo auxílio só seria possível a partir de uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição), mecanismo que o governo pretende usar. Mas mesmo essa alternativa está sujeita a questionamentos na Justiça.

Na estrada, medo com custos

Carlos de Martim, 42, está na estrada desde os 18. Ele afirma que nunca imaginou que o preço do litro do diesel fosse chegar a R$ 7, e que tem medo de um dia não conseguir mais pagar os custos do trabalho.

A reportagem encontrou o caminhoneiro enquanto ele abastecia em um posto às margens da rodovia Anhanguera, em Campinas, interior de São Paulo. Ele colocou R$ 140 para "ir daqui ali", disse. "Estava indo buscar mais uma carga na cidade vizinha, de Sumaré, sem ter a certeza se iria conseguir ganhar algum dinheiro a mais no dia", afirmou.

Com o diesel a R$ 7,27 o litro, só deu pra abastecer com 14 litros. "Para encher o tanque do meu caminhão, por exemplo, preciso desembolsar R$ 1.080. Não tem conta que fecha", disse.

Caminhoneiros - Felipe de Souza/UOL - Felipe de Souza/UOL
O motorista Amauri Oliveira acredita que o auxílio de R$ 400 será pouco pelos gastos que tem
Imagem: Felipe de Souza/UOL

Mesmo em veículos menores, os custos também são um empecilho para os motoristas. Amauri Oliveira, 54, dirige um VUC (Veículo Urbano de Carga), que tem o tamanho de uma van.

A média de rodagem é um pouco maior que a dos caminhões tradicionais, 9 km/l, mas o impacto econômico também é pesado. Para ele, quanto maior o auxílio, melhor. Até porque, afirma, a conta não envolve apenas o combustível. "Tem a manutenção do caminhão, o preço dos pneus, que também subiu. São muitas coisas em jogo", disse.

'Nos sentimos desvalorizados'

Willian Mendes, 40, é de Carmópolis de Minas, em Minas Gerais. A reportagem o encontrou em um posto na estrada nos arredores de Campinas, a cerca de 450 km de distância da cidade natal. Para voltar para lá, gastaria praticamente um tanque completo.

"Não tem como não voltar [para casa] com uma carga. É simplesmente impossível. Se não, vou pagar para trabalhar", disse, enquanto conversava via celular com agenciadores — pessoas ou empresas que, grosso modo, "vendem cargas" para caminhoneiros autônomos. Ele fazia uma corrida contra o tempo, já que não queria pernoitar na cidade após a entrega.

"Nós nos sentimos muito desvalorizados. Acordamos muito cedo, rodamos uma quantidade enorme de quilômetros por dia para conseguir ganhar valores pequenos", diz.

Mendes sempre teve caminhão, mas começou a rodar na estrada diariamente há três anos. Os irmãos, também caminhoneiros, lutam na estrada para conseguir o sustento.

Para ele, mesmo a proposta de um auxílio de R$ 1.000 não atenderia às necessidades da categoria. "Melhora um pouco, mas ainda está longe do ideal. Até porque o valor do frete não sobe. Eu vejo que dá para encher o tanque só uma vez, e olhe lá, dependendo do lugar", avalia.

Gasto é maior que auxílio

caminhão - Tarcisio Schnaider/Getty Images - Tarcisio Schnaider/Getty Images
Caminhões na estrada, a BR 163, transportam soja produzida em Mato Grosso
Imagem: Tarcisio Schnaider/Getty Images

A pedido do UOL, o presidente licenciado da Abrava (Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores), Wallace Landim, fez uma conta que mostra que o auxílio de R$ 1.000 permitiria rodar de 231 a 289 km, em média.

A conta foi feita baseada no consumo de um caminhão de três eixos, que é em média de 2 km/l, e combustível ao valor médio de R$ 6,90 o litro.

Inicialmente, o governo estudar um valor menor, de R$ 400, que seria suficiente para rodar apenas 100 km, em média.

O professor de Economia do Ibmec-Rio Caio Ferrari afirma que um caminhoneiro gasta de R$ 5.000 a R$ 10 mil com diesel ao mês, se for manter o caminhão rodando direto. Com isso, o auxílio teria pouco impacto no orçamento.

"No geral, é um valor muito baixo em relação ao custo que se tem com o combustível. É uma medida mais para inglês ver, terá pouca eficácia".

A ideia de criar um benefício para caminhoneiros ganhou força no governo após a Petrobras anunciar, na sexta-feira (17), um reajuste de 14,26% no litro do diesel para as distribuidoras. Os dados mais recentes apontam que, na bomba, o litro do diesel custa em média R$ 6,90, de acordo com balanço a ANP (Agência Nacional do Petróleo), podendo chegar a R$ 8,63 — números que ainda não refletem totalmente a alta recente.