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Dólar opera em queda de 2,66% após vitória de Lula; Bolsa tem alta

A moeda norte-americana opera em queda após a eleição do presidente Lula (PT) - Getty Images
A moeda norte-americana opera em queda após a eleição do presidente Lula (PT) Imagem: Getty Images

Caíque Alencar

Do UOL, em São Paulo

31/10/2022 09h14Atualizada em 31/10/2022 18h57

O dólar comercial opera em queda no início da tarde de hoje, no primeiro pregão após o resultado oficial do segundo turno das eleições presidenciais. Às 15h58, a moeda norte-americana registrava variação de 2,66%, cotada a R$ 5,16. A cotação é registrada após a vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) neste domingo (30).

Na abertura, o dólar chegou registrar variação de 2,02%, às 9h01, chegando à casa de R$ 5,40.

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Às 16h, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), operava em alta de 0,58%, aos 115.202 pontos. A Bolsa opera entre altas e baixas hoje. No momento de maior queda do dia, chegou à mínima de 112.178 pontos.

Acompanhe a Bolsa e o dólar durante o dia aqui.

O que diz o mercado sobre a vitória de Lula. Para economistas e agentes de mercados, as atenções agora se voltam às sinalizações de Lula sobre a futura condução da política econômica, seus arranjos políticos e, sobretudo, a indicação de qual será sua equipe ministerial —o foco principal é no ministro que vai comandar a economia. Esses tópicos devem ditar o ritmo do mercado nos próximos dias.

Em um discurso a apoiadores na noite de ontem na Avenida Paulista após sua vitória, Lula disse que, "talvez, tire uns dois dias para descansar". "Eu vou descansar uns dois dias, depois estarei pronto para estar no governo e para apresentar o que nós vamos fazer", afirmou.

Na última sexta-feira (28), o último pregão antes do segundo turno das eleições, o dólar comercial fechou com variação negativa de 0,12%, cotado a R$ 5,30.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

Lá fora, o mercado já está reagindo às eleições. As ADRs (American Depositary Receipts, recibos de ações de outros países adquiridos por investidos dos EUA) da Petrobras (PETR4) caem 10,04% no premarket de Nova York nesta segunda-feira (31), após o resultado das eleições.

Os papéis da Petrobras na Bolsa Americana já haviam caído cerca de 1,8% na sexta (28).

Além disso, o EWZ, papel que representa a bolsa de valores brasileira lá fora, cai 5,7% no premarket - se concretizada, pode ser uma das maiores quedas do ano, junto com recuos semelhantes em junho e em outubro.

Outro ativo que cai lá fora são as ADRs da Vale (VALE3), que mostram um recuo de 2,45% no premarket. A companhia é a que tem a maior relevância no Ibovespa, logo na frente da Petrobras.

Como fica a Petrobras. Nesta segunda, a Petrobras abriu o dia em queda. Por volta do meio-dia, a estatal registrava a maior queda na Bolsa, com desvalorização de 5,40% para PETR4 e de 4,86% para PETR3.

Segundo relatório da BTG Pactual, Lula já sinalizou que o Brasil não pode ser dependente da importação de combustível, sugerindo que investimentos no mercado de refino e distribuição são possíveis. Na avaliação da BTG, manter parte do pagamento de dividendos pode ser positivo para o ano de 2023.

* Com informações de Suno Notícias

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