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Reduzir a polarização

Temos que fazer tudo para ajudar o governo, de direita ou de esquerda, diz chefe da Telhanorte

Beth Matias Colaboração para o UOL, em São Paulo
Divulgação

Juliano Ohta, CEO da rede de material de construção Telhanorte Tumelero, diz em entrevista exclusiva na série UOL Líderes que é preciso fazer de tudo para ajudar o governo do momento, independentemente da ideologia.

"A realidade é que temos um presidente e um governo que estão aí até o final de 2022, e temos que fazer de tudo para ajudá-lo, gostando ou não dele. E assim sucessivamente, com o próximo governo, seja de esquerda, de direita ou de centro", disse, em entrevista antes das manifestações de 7 de Setembro.

A Telhanorte Tumelero pertence ao grupo francês Saint-Gobain, que nasceu 355 anos atrás, depois que o rei da França Luís XIV decidiu construir uma sala de espelhos.

Ohta também fala sobre o impacto da pandemia no setor da construção civil e como o setor mudou nos últimos 10 anos.

O chefe da Telhanorte Tumelero considera que o trabalho de arquitetos e designers não deveria ser só para "para gente rica" e diz que a educação profissionalizante é essencial para o salto de produtividade no país.

Ouça a íntegra da entrevista com Juliano Ohta, CEO da Telhanorte Tumelero, no podcast UOL Líderes. Também pode assistir à entrevista em vídeo no canal do UOL no YouTube. Continue nesta página para ler os destaques da conversa.

É preciso ajudar o governo de qualquer ideologia

UOL - O que os empresários podem fazer [pelo país]?

Juliano Ohta - Fazer nosso trabalho de cidadão. Pagar os impostos, contratar o máximo de pessoas possível, investir no país.

As empresas precisam aumentar a inclusão e a representatividade, contratar pessoas menos beneficiadas e contribuir, inclusive, com a educação básica delas.

Nós, empresários, temos uma voz muito forte. É preciso trazer um equilíbrio nesse discurso muitas vezes polarizado. Não é com críticas extremistas que vamos avançar.

A realidade é que temos um presidente e um governo que estão aí até o final de 2022, e temos que fazer de tudo para ajudá-lo, gostando ou não dele. E assim sucessivamente, com o próximo governo, seja de esquerda, de direita ou de centro.

Se o sr. fosse o CEO do Brasil, quais seriam suas prioridades?

Um princípio básico é a simplificação, porque a burocracia é um limitador de crescimento e de desenvolvimento da sociedade. Reduzir a máquina do governo implica medidas impopulares, como mexer no funcionalismo público, na estrutura dos poderes Legislativo, Judiciário e Executivo.

Outro eixo é a questão da produtividade, que engloba a educação. Para termos um país desenvolvido, precisamos investir na educação, principalmente a profissionalizante, para dar condições aos jovens no mercado de trabalho.

Sou também contra a reeleição porque, quando um político entra no cargo, pensa na próxima eleição.

A Telhanorte é assim

  • Fundação

    1976

  • Funcionários

    4.000

  • Unidades

    76 lojas, 4 centros de distribuição

  • Clientes

    7 milhões/ano

  • Principais concorrentes

    Leroy Merlin, C&C e Sodimac

Entrega a jato

UOL - O que mudou no setor de material de construção nos últimos anos?

Juliano Ohta - Há 10 anos, o antigo home center trabalhava com materiais básicos de reforma de casas. O que vemos nesta última década é que as empresas estão virando home centers inteligentes, com soluções integradas de bem-estar, de privacidade, de segurança.

A pandemia transformou a casa em protagonista na vida das pessoas. Costumo dar o exemplo do iFood. Hoje eu compro uma comida no iFood que chega em uma hora. Por que eu não posso pedir material de construção para chegar em uma hora? O consumidor está cada vez mais nos forçando a entregar em uma hora.

Mas é possível realmente receber em uma hora?

O prazo médio do setor antes da pandemia era de dois a três dias. Não havia nenhum home center de construção que entregava seus produtos no mesmo dia. Nós inovamos e hoje boa parte de nossos produtos chega em até seis horas.

Estamos muito próximos do iFood e do Rappi para que o cliente não tenha que esperar porque, no final das contas, a conveniência hoje é uma das maiores exigências desse consumidor mais digital.

Quais foram as categorias de produto que mais cresceram na pandemia?

No primeiro momento, o que mais vendeu foi decoração e manutenção de casa, como produtos para ajustes hidráulicos, elétricos, e a jardinagem. Depois, com a extensão da pandemia, as grandes obras apareceram, e o destaque são os acabamentos como pisos, louças sanitárias, torneiras.

Arquitetos e designers não são só para ricos

UOL - O mercado de construção civil ainda é tradicional. Como instigar os empresários a inovar?

Juliano Ohta - O mercado é conservador porque em todas as pontas há um pouco de conservadorismo. De um lado temos os instaladores e construtores e do outro, os fabricantes. O setor de home center fica no meio do caminho.

A melhor forma de promover uma mudança é dando o exemplo. Durante a pandemia, criamos o Telhanorte Já na Sua Porta, um caminhão que se deslocava até a porta dos condomínios levando produtos de maior necessidade durante aquele período. As pessoas podiam comprar a um custo menor e emprestávamos as ferramentas.

Acredito que essa é a forma certa de fazer a cadeia de construção mudar.

Mas o segmento é composto em sua maioria de micro e pequenas empresas. Como será a sobrevivência dessas empresas neste mundo digital?

Todas as empresas precisam se perguntar onde irão se posicionar. Por exemplo, ouvimos falar que arquitetos e designers eram para ricos. Em um país que tem tanta casa para construir, por que arquiteto e designer têm que ser só para gente rica?

Precisamos democratizar o o a esses serviços para que os nossos clientes consigam planejar melhor a obra. A Telhanorte tem um serviço gratuito que permite aos clientes, mesmo os de menor renda, terem a visualização 3D de um ambiente da casa e consigam planejar as etapas da obra.

Divulgação Divulgação

Nós, empresários, temos uma voz muito forte. É preciso trazer um equilíbrio nesse discurso muitas vezes polarizado. Não é com críticas extremistas que vamos avançar.

Juliano Ohta, CEO da Telhanorte

Cliente está mais infiel e volúvel

UOL - Como você vê a concorrência com os grandes marketplaces de outros segmentos?

Juliano Ohta - É uma briga pelo cliente, que está cada vez mais infiel e mais volúvel. O princípio básico do marketplace é abrir os tentáculos para capturar o cliente onde quer que ele esteja.

Para os especialistas do setor, como nós, a venda consultiva é extremamente importante. Queremos criar um marketplace vertical, agregando todos os produtos e serviços para casa, incluindo parceiros de eletrodomésticos e móveis.

Poderemos aconselhar e levar benefícios de fidelidade aos nossos clientes. Esta é uma diferença que o marketplace grande, amplo e generalista não vai conseguir. Teremos mais ofertas de pisos, um serviço de logística de entrega específico para os produtos, um vendedor mais bem preparado.

Especialistas dizem que agora é um bom momento para novas aquisições de empresas. Qual a sua opinião a respeito?

É um bom momento para comprar empresas parceiras, mas, ao mesmo tempo, há oportunidades de investimento nas áreas de tecnologia, análise de dados, infraestrutura e logística. Precisamos nos perguntar onde realmente é o melhor a investir.

Atualmente a Telhanorte está concentrada no Sul e Sudeste. Há planos para expansão para outras regiões?

Estamos olhando constantemente para novas aquisições. A última que fizemos foi da Tumelero, em 2017, que é uma rede do Rio Grande do Sul.

Cerâmicas quebram com ruas esburacadas

UOL - Quando pensamos em infraestrutura na área de logística, qual é o principal problema que o segmento enfrenta?

Juliano Ohta - Todo mundo conhece os problemas do país nesta área: estradas muito ruins, poucas modalidades de transporte, baixa produtividade na área logística, pouca automação e baixo nível de educação dos operadores logísticos.

Buscamos minimizar esses problemas tendo bases logísticas próximas ao consumidor e estoques, garantindo assim uma entrega mais eficiente. Os produtos que transportamos, muitas vezes, são pesados e quebram. A cerâmica, que representa 30% do nosso faturamento, quebra muito facilmente, principalmente com as estradas esburacadas em algumas localidades do país.

O fazemos é corrigir o problema quando ele acontece. Por isso, temos uma nota altíssima do consumidor nos canais de reclamação.

É difícil planejar a longo prazo no Brasil?

Muito difícil. Revemos todos os anos o planejamento, mas estamos aqui e temos confiança no país. Independentemente, se o plano vai para a esquerda ou para a direita, acreditamos muito no potencial do país.

A Saint-Gobain tem uma história interessante. Pode nos contar?

A Saint-Gobain foi criada no reinado de Luís XIV, o Rei Sol. Ele queria construir uma sala de espelhos que refletisse a luz, mas não havia essa tecnologia na França. Decidiu, então, criar uma startup chamada Saint-Gobain, que desenvolveu a tecnologia dos espelhos.

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