Aperto nos gastos não vai atingir programas sociais, diz Mantega
O ministro Guido Mantega declarou que o aperto nas contas do governo anunciado nesta segunda-feira (29) não vai atingir programas sociais e prioritários do governo.
O governo anunciou aumento da meta de superavit primário para este ano. Superavit primário é quanto o governo consegue economizar para pagar sua dívida. A meta de economia neste ano para a União foi aumentada em R$ 10 bilhões, disse o ministro. A meta da União até então era de R$ 81,7 bilhões e ou agora para R$ 91,7 bilhões.
"Esse ajuste se dá para impedir o aumento de gastos correntes. Não compromete nenhum programa social, nenhum programa prioritário do governo. Mas impede aumento de gastos correntes que pudessem ser aprovados no Congresso Brasileiro", afirmou Mantega.
"Estamos fazendo uma consolidação que visa garantir a continuidade do crescimento sustentável. Não confundam isso com os ajustes que estão sendo feitos em países europeus, que estão em uma condição diferente da nossa. Não estamos cortando nenhum programa social e queremos ampliar o investimento, não reduzi-lo. É um ajuste para garantir o crescimento da economia e a geração de empregos."
O superavit é usado para pagar os juros da dívida pública. Um exemplo desses juros é o lucro que os investidores ganham quando compram títulos do governo.
Obter o superavit primário é importante para conter o aumento da dívida pública e evitar calotes no futuro.
A dívida pública é contraída, entre outras situações, quando o governo vende títulos para os aplicadores. Ele promete aos investidores pagar juros a mais no futuro, como acontece com qualquer outro investimento financeiro.
Se o governo não economizar, a dívida pode crescer muito e ele não tem como pagar. Isso caracterizaria o calote.
No entanto, fazer muito superavit primário não tem só esse lado bom de guardar dinheiro para pagar as dívidas. O governo realiza essa economia aumentando impostos e deixando de gastar, por exemplo, em investimentos em obras e serviços. Por isso Mantega falou diversas vezes na entrevista que não haveria cortes em programas sociais.
"Estamos falando em não aumentar gastos, não em cortar gastos", reiterou o ministro.
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