Bancos têm margem para reduzir juros, diz Mantega
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O governo endureceu o discurso e cobrou abertamente dos bancos privados que reduzam os juros para os consumidores. Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, os bancos privados têm condições de baixar os juros.
"Os bancos têm margem para reduzir os juros e aumentar o volume de crédito", disse Mantega a jornalistas nesta quinta (12), ao chegar ao ministério.
Existem condições para que os bancos brasileiros deixem de ser os "campeões de spread" no mundo, segundo o ministro.
Spread é o ganho que os bancos têm com os juros. Quando eles emprestam dinheiro para seus clientes, como cheque especial, cobram juros muito maiores do que os juros que pagam aos clientes que investem em CDBs, por exemplo. Essa diferença de juros é que é chamada de spread.
Os bancos privados estão sendo pressionados pelo governo a reduzirem os juros cobrados dos clientes. Após discurso feito pela presidente Dilma Rousseff na semana ada sobre o nível elevado dos spreads no Brasil, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal anunciaram redução nos encargos financeiros cobrados dos clientes.
Não há justificativa para o atual nível dos juros, diz Mantega
Em uma crítica aberta ao setor financeiro, Mantega afirmou que os bancos privados estão retendo crédito aos consumidores. Ele disse que não há justificativa para a cobrança dos níveis atuais de juros nos empréstimos a consumidores e empresas.
"A economia está sólida, a situação fiscal está ótima, estamos fazendo superavit e diminuindo a dívida", declarou o ministro. "Os trabalhadores estão com mais salários e vontade de consumir, porém está havendo retenção de crédito por parte dos bancos."
Segundo o ministro, os bancos privados captam recursos a 9,75% ao ano e emprestam a 30%, 40%, 50% ou 80% ao ano, dependendo das linhas de crédito. "Esta situação não se justifica", declarou.
Critica à Federação dos Bancos
Ele criticou também o posicionamento da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), cujos representantes estiveram no Ministério da Fazenda na terça-feira para discutir o tema.
"O Murilo Portugal [presidente da Febraban] esteve aqui e, em vez de trazer soluções, veio fazer cobranças....Os bancos querem jogar a conta nas costas do governo."
(Com informações da Reuters)
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