Prévia da inflação sobe 0,69% em dezembro, e fecha o ano em 5,78%
A inflação acelerou na primeira metade de dezembro para o maior nível em mais de um ano e meio por causa dos preços das despesas pessoais e alimentos, segundo divulgou nesta quarta-feira (19) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), considerado uma prévia da inflação oficial do país, teve alta de 0,69%, a maior desde maio de 2011 (0,70%). Nos 12 meses até a metade de dezembro, os preços no IPCA-15 avançaram 5,78%, mostrou a pesquisa, ante alta de 5,64% no mês anterior.
O IPCA-15 havia subido 0,54% em novembro, desacelerando sobre o período anterior, mas a inflação medida pelo IPCA voltou a se fortalecer e fechou com alta de 0,6% no mês ado.
Grupos
Segundo o IBGE, despesas pessoais foi o grupo que apresentou o maior resultado e o maior crescimento de um mês para o outro (de 0,3% em novembro para 1,10% em dezembro), ressaltando-se a variação dos salários dos empregados domésticos (de 0,66% para 0,82%), e a do cigarro (de 0 para 2,66%). No ano, as despesas pessoais acumulam alta de 9,4%.
O grupo alimentação e bebidas, que subiu de 0,83% em novembro para 0,97% em dezembro, teve alta em razão de produtos como frango (de 1,43% para 4,16%), leite (1,39% para 2,03%) e frutas (de 0,43% para 1,27%). No ano, os alimentos ficaram na dianteira das variações de grupos, com alta de 9,84%.
No mês, entre as desacelerações, artigos de vestuário foi a taxa que apresentou a diferença mais expressiva: de 1,40% em novembro para 0,62% em dezembro, levando a variação do grupo para 6,39% no ano.
Sobre os índices regionais, o maior em dezembro foi o de Curitiba (1,14%), em virtude, principalmente, do aumento dos preços da gasolina (8,09%) e do etanol (5,08%). O menor foi o índice de Recife (0,39%), com os alimentos em 0,34%. No ano, os maiores índices ficaram com Belém (7,90%) e Rio de Janeiro (6,85%), enquanto São Paulo (4,71%) e Brasília (5,29%) foram as menores variações, segundo o IBGE.
Cenário de juros
Apesar da alta registrada em dezembro, o índice deve ter pouca influência sobre o cenário de juros, já que a inflação em 12 meses continuará dentro da meta do Banco Central --de 4,5% pelo IPCA, com margem de dois pontos percentuais para mais ou menos-- e o governo continua focado em estimular uma ainda frágil recuperação econômica.
A inflação tem ficado acima do centro da meta do governo há mais de dois anos, mesmo com o fraco crescimento econômico. O mercado, no entanto, acredita que o governo deve tolerar a inflação a esse nível para manter a taxa básica de juros do país na mínima histórica de 7,25% pelo menos até o fim de 2013.
No terceiro trimestre deste ano, o Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu apenas 0,6%, frente ao período anterior, resultado muito aquém do esperado pelo mercado que prevê, para 2012 todo, expansão de apenas 1%.
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