Dólar emenda 3ª alta e vai a R$ 4,366, um novo recorde; Bolsa também sobe

Um dia após o presidente do Banco Central se dizer tranquilo quanto ao câmbio, o dólar comercial encerrou a sessão em alta de 0,18%, a R$ 4,366 na venda, renovando seu recorde nominal (sem considerar a inflação) de fechamento.
É a terceira alta seguida registrada pela moeda norte-americana, que já acumula valorização de 8,79% frente ao real em 2020.
O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, também fechou o dia em alta, chegando aos 116.517,59 pontos. Com a valorização de 1,34% registrada hoje, o indicador acumula alta de 0,75% em 2020.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
Em casas de câmbio de São Paulo, por exemplo, o dólar em dinheiro vivo chegou a custar R$ 4,60 hoje, já considerado o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Para quem comprou no cartão pré-pago, o valor era ainda maior: R$ 4,83.
Os valores foram consultados pela reportagem do UOL no site MelhorCâmbio.com por volta das 12h desta quarta-feira.
Sem atuação do Banco Central
Nos últimos três pregões (segunda, terça e hoje), o dólar acumulou alta de 1,5%, mais do que apagando a queda acumulada de 1,14% na quinta e sexta da semana ada, dias em que houve atuação do BC para segurar a moeda.
Ontem, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, reiterou que o câmbio é flutuante e que a instituição pode atuar novamente no mercado cambial se identificar problemas de liquidez ou movimento exagerado.
Recorde do dólar não considera inflação
O recorde do dólar alcançado hoje considera o valor nominal, ou seja, sem descontar os efeitos da inflação, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos.
Levando em conta a inflação nos EUA e no Brasil, o pico do dólar pós-Plano Real aconteceu no fim do governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), em 22 de outubro de 2002. O valor nominal na época foi de R$ 3,9522, mas o valor atualizado ultraaria os R$ 7.
Fazer esta correção é importante porque, ao longo do tempo, a inflação altera o poder de compra das moedas. O que se podia comprar com US$ 1 ou R$ 1 em 2002 não é o mesmo que se pode comprar hoje com os mesmos valores.
*Com Reuters
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