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Desempregado, ex-gerente vende água na rua de bandeja e vestido como garçom

Ricardo Marchesan

Do UOL, em São Paulo

24/10/2015 06h00

Há cerca de um ano e quatro meses, Jairo Rosendo de Freitas, 34, vende garrafas de água e pacotes de amendoim na avenida Interlagos, próximo à esquina com a rua José Neves, na zona sul de São Paulo.

Ele poderia ser apenas mais um vendedor ganhando a vida em meio ao congestionamento da capital. Mas chama a atenção dos motoristas que am ali por causa da aparência. Ele trabalha vestido como um garçom: com camisa branca, calça social preta e gravata borboleta, carregando as garrafas dentro de um balde de alumínio com gelo, em uma bandeja.

Ideia surgiu quando estava desempregado

Em outubro de 2013, ele perdeu o emprego que tinha como eletricista. Após meses procurando uma vaga, de dentro de um ônibus, observou vendedores na rua. Desceu para conversar com eles a respeito do trabalho e se interessou. "Mas eu quis fazer diferente. Decidi vender vestido de garçom, como um marketing", conta.

Nascido em Guarulhos (SP), Jairo de Freitas diz que trabalha desde criança. "Vendia, picolé, seriguela, bolinho, laranja. Só água que não". Aos 16 anos, conseguiu um emprego de office-boy em uma loja de calçados em Pernambuco, onde morava com os pais.

Depois, voltou para São Paulo, onde trabalhou em diversas lojas, como vendedor e até gerente, segundo ele. A rotina muito puxada, porém, o incomodava. Freitas diz que, por causa disso, pediu demissão. "Era difícil arrumar uma folga."  

Após um curso de eletricista no Senai, trabalhou um ano e oito meses em construção, até perder o emprego. Sem encontrar a recolocação, foi trabalhar por conta própria.

Hoje, acha que sua rotina é melhor. Leva cerca de 30 minutos da casa à esquina onde vende. "Posso acordar mais tarde e tomar café com a minha família". Diz que costuma sair depois das 9h e volta às 18h, ou até acabar seu estoque.

Afirma que consegue o mesmo dinheiro que recebia como assalariado e diz que chegou a recusar ofertas de emprego de concessionárias instaladas na avenida Interlagos, que teriam se interessado pelo vendedor incomum. "Na rua, trabalho para mim mesmo. Meu patrão é Deus."

Abrir negócio próprio é um sonho

As dificuldades, agora, são outras. O UOL conversou com ele às 11h de 15 de outubro, segundo dia mais quente do ano na capital paulista até então, que chegou a registrar 35,8°C. O vendedor atendia os motoristas sob o sol forte.

Além disso, tem de carregar até lá dois isopores, com cerca de 120 garrafas no total, sem contar o peso do gelo e dos demais objetos. Tudo isso, usando roupa social.

O desejo imediato é conseguir um carro para tornar a tarefa mais fácil, o que ainda está distante, segundo ele. "Não sobra nada no final do mês".

O sonho maior é abrir o próprio negócio. "Mercadinho, padaria ou restaurante. Meu foco é vendas. Quero ser um microempreendedor".

Vendedor usa marketing de guerrilha

Segundo Gabriel Rossi, professor de marketing da ESPM, o que Jairo de Freitas faz ao se vestir de garçom é marketing de guerrilha, uma ação inusitada, que intriga o potencial consumidor.

"Esse tipo de ação é muito bem-vinda, principalmente nesse mercado, em que não se tem muito contato com o vendedor", afirma. "A pessoa está no carro, conversando com o filho, pensando no trânsito e na rotina [quando é surpreendida]". Segundo ele, aumentam as chances da compra por impulso.

"Ele ganha a simpatia por causa da criatividade. O consumidor contemporâneo quer ser surpreendido em lugar que não espera". Isso também gera lealdade para futuras compras, afirma Rossi.

O fato de estar vestido de garçom pode até dar um ar de maior profissionalismo e higiene, o que também pode ser benéfico, mas é um fator secundário, de acordo com o professor.

O uso desse tipo de marketing, porém, não garante aumento de vendas. "Depende de outros fatores, como qualidade do produto, preço e local. Mas, para a comunicação, que faz parte desse composto, pode ser um diferencial".