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Seu dinheiro rende mais

Economia

Inflação fecha 2020 a 4,52%, acima do centro da meta; é a maior desde 2016

De arroz a laptop, bicicleta e colchão: veja o que ficou mais caro em 2020

óleo de soja - Getty Images

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Óleo de soja

103,8%

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Notebook - OficinaDanet

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Computador pessoal

22,5%

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Shari, arroz japonês - Getty Images

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Arroz

76%

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Cimento; argamassa; pá de pedreiro; construção; obra; material de construção; construção civil, empreiteira - Getty Images

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Construção: até 18,2%

Material hidráulico: 18,2% Cimento: 17%; Telha: 14,7%; Revestimento de piso e parede: 13,4%

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Tipos de feijão - iStock

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Feijão: até 68,1%

Feijão-macáçar (fradinho): 68,1%; Feijão-preto: 45,4%; Feijão carioca: 16,2%

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Energia elétrica, luz, lâmpada - Marcelo Camargo/Agência Brasil

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Conta de luz

9,1%

Leia mais Marcelo Camargo/Agência Brasil

Bicicleta presa a uma grade na avenida Paulista, em São Paulo - Getty Images

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Bicicleta

14,21%

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Batata doce x inglesa - iStock

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Batata: até 67,3%

Batata inglesa: 67,3%; Batata-doce: 48,1%

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O pneu Michelin X Incity Z, que rende ganho de até 10% em sua primeira vida - Fotos Divulgação

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Pneu

16,4%

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Açougue - Getty Images/iStockphoto

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Carnes: até 29,7%

Costela: 29,7%; Carne de porco: 29,6%; Músculo: 27,7% Fígado: 27,1% Cupim: 26,8% Linguiça: 22%; Picanha: 17%

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Colchão "Grand Vividus" - Reprodução/Architectural Digest

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Colchão

36,9%

Reprodução/Architectural Digest

10. Laranja: o título já pertenceu às cidades de Limeira (SP) e Itápolis (SP). Atualmente, pertence a Araraquara (SP), pela produção industrial de suco da fruta. - Reprodução/healthyfoodhouse

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Laranja: até 53,1%

Laranja-lima: 53,1%; Laranja-baía: 44,2%

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Leite e derivados podem conter pus - Getty Images

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Leites e derivados

16,8%

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Botijão de gás - Victor Moriyama/Folhapress

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Gás de botijão

9,24%

Leia mais Victor Moriyama/Folhapress

mulher comprando televisão, loja, televisão, compras, eletrônicos, tv - Getty Images

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Televisão

16,64%

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As joias da rainha sa Maria Antonieta vão à leilão em Genebra - AFP

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Joias

21,34%

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Fotos das tainhas de Rio Grande comercializadas no Mercado Publico de Porto Alegre (RS). A 'Tainha assada na Telha' é o prato típico do mercadao gaúcho - Gustavo Roth/Folhapress

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Peixes: até 39%

Tainha: 39%; Pintado: 22,4%; Filhote: 18,6%; Corvina: 14%

Leia mais Gustavo Roth/Folhapress

30.abr.2014 - Uma pesquisa realizada no Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Botucatu (SP), constatou a eficiência de produtos naturais derivados da flora brasileira no tratamento das doenças inflamatórias intestinais (DII), como a retocolite ulcerativa e a doença de Crohn. Entre os principais resultados está a descoberta de que uma dieta com farinha de banana nanica verde pode impedir a inflamação intestinal em roedores. O extrato da casca do caule do jatobá-do-cerrado e a farinha da polpa da fruta apresentaram ação anti-inflamatória em ratos com inflamação intestinal induzida por ácido trinitrobenzeno sulfônico (TNBS) - Guillermo Granja/Reuters

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Banana: até 39,3%

Banana d'água: 39,3%; Banana-maçã: 38,6%; Banana-prata: 24,8%

Leia mais Guillermo Granja/Reuters

Do UOL, em São Paulo

12/01/2021 09h02Atualizada em 12/01/2021 13h19

O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), a inflação oficial no país, fechou 2020 a 4,52%. Esse é o maior nível para um ano desde 2016, quando foi de 6,29%. Em 2019, a inflação foi de 4,31%.

O resultado ficou acima do centro da meta do governo para o ano ado, que era de 4%, mas dentro da margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para baixo (2,5%) ou para cima (5,5%).

Em dezembro, a inflação acelerou para 1,35%, após ficar em 0,89% em novembro. Foi a maior variação mensal desde fevereiro de 2003 (1,57%) e a maior para um mês de dezembro desde 2002 (2,10%).

Os dados foram divulgados hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e se referem às famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos.

Pandemia de covid-19

Quando a pandemia se abateu sobre a economia, provocando a recessão global, o IPCA chegou a registrar taxas negativas. Com as atividades paradas, os preços, especialmente de serviços, despencaram nos primeiros meses de isolamento social. Todas as previsões apontavam, na época, para um IPCA abaixo da meta do BC no ano ado.

O cenário virou a partir de meados do ano ado. Com a concentração da demanda em itens básicos e a alta do dólar, os alimentos para consumo em casa começaram a encarecer rapidamente. Além disso, o cenário foi influenciado pelo pagamento do auxílio emergencial.

Alimentos subiram 14,09%

A alta de 14,09% nos preços de alimentos e bebidas pesou no bolso dos brasileiros em 2020. O aumento foi o maior desde 2002 (19,47%).

Os preços do óleo de soja (103,79%) e do arroz (76,01%) dispararam no acumulado do ano ado. Outros itens importantes na cesta das famílias também tiveram altas expressivas:

leite longa vida (26,93%);
frutas (25,40%);
carnes (17,97%);
batata inglesa (67,27%);
tomate (52,76%).

Em dezembro (1,74%), os alimentos apresentaram desaceleração frente ao mês anterior (2,54%). Contribuíram para isso a queda nos preços do tomate (-13,46%) e as altas menos intensas nos preços das carnes (3,58%), do arroz (3,84%) e do óleo de soja (4,99%), cujas variações em novembro haviam sido de 6,54%, 6,28% e 9,24%, respectivamente.

Por outro lado, as frutas aram de alta de 2,2% em novembro para aumento de 6,73% em dezembro.

Conta de luz e eletrodomésticos

A inflação do ano ado também foi puxada pelo grupo Habitação (5,25%). De acordo com o instituto, a alta foi influenciada pelo aumento da energia elétrica (9,14%).

No mês ado, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) decidiu adotar bandeira vermelha —uma taxa extra na conta de luz para compensar o maior uso de usinas térmicas, mais caras.

Os artigos de casa também pesaram mais, afirmou o IBGE, por causa do efeito dólar sobre os preços dos eletrodomésticos, equipamentos e artigos de TV, som e informática.

Em conjunto, alimentação e bebidas, habitação e artigos de residência responderam por quase 84% da inflação de 2020.

Gasolina fecha ano em queda de 0,19%

Os Transportes, que têm o segundo maior peso na composição do IPCA, fecharam o ano com alta de 1,03%.

"Tivemos quedas fortes, em abril e maio, por causa do preço da gasolina, que fechou o ano em queda (-0,19%), apesar das seis altas consecutivas de junho e dezembro. As agens aéreas tiveram uma queda de 17,15% no acumulado ano, ajudando a puxar o resultado para baixo", afirmou Pedro Kislanov, gerente da pesquisa do IBGE.

Alta generalizada

Segundo o IBGE, a alta dos preços em 2020 foi generalizada em todas as 16 localidades pesquisadas. O município de Campo Grande (6,85%) teve a maior variação do ano, por causa das carnes e da gasolina. Veja os municípios que tiveram inflação acima da média nacional (4,52%):

Campo Grande (6,85%)
Rio Branco (6,12%)
Fortaleza (5,74%)
São Luís (5,71%)
Recife (5,66%)
Vitória (5,15%)
Belo Horizonte (4,99%)
Belém (4,63%).

Por outro lado, o menor índice ficou com Brasília (3,4%), com quedas nos preços das agens aéreas (-20,01%), dos transportes por aplicativo (-18,71%), dos itens de mobiliário (-7,82%) e de hospedagem (-6,26%), informou o instituto.

Perspectivas

Desde que o encarecimento dos alimentos entrou no radar, em meados de 2020, economistas vêm apontando para o caráter temporário da alta.

Mesmo que a inflação de alimentos venha se prolongando —o que afeta, sobretudo, as famílias mais pobres—, esse caráter temporário segue no cenário dos analistas. O mesmo vale para a conta de luz, já que a taxa adicional da Aneel se deve ao baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas por falta de chuvas.

Para 2021, as projeções apontam para uma inflação de 3,3%, diante de uma meta do BC mais baixa que a deste ano, de 3,75%, com a mesma margem de 1,5 ponto para mais ou para menos.

(Com Estadão Conteúdo)